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O verdadeiro padrão da beleza feminina



Ha quase dois anos atrás decidi experimentar de um período desafiador, me abster do uso de maquiagem pela parte do dia independente da ocasião. Minha decisão foi baseada na minha total dependência disso e no quanto essa prática me afetava em infinitas questões. Eu era incapaz de ir até a esquina sem ao menos “corrigir as imperfeições”, era regra aplicar base, corretivo, blush e máscara de cílios, isso quando eu não me empolgava e acabava com um delineado perfeito e um batom. Inicialmente pode parecer um tanto absurdo para algumas moças totalmente desprendidas de qualquer tipo de vaidade isso ter sido tão desafiador, mas para mim que desde muito cedo desenvolvi um forte apego pela estética, deixar de usar maquiagem à luz do dia era como estar sem roupa no meio da Time Square. Tenho a pele clara e como herança genética tenho tendência a ter sardas, quem tem sabe como elas ficam mais evidentes quando expostas ao sol. Na minha cabeça era como ter sujeiras no rosto e isso sempre me causou um forte desconforto.


Quando entendi o real sentido do ato de jejuar me dei conta de que carecia aplicar essa prática quando se tratava da minha dependência da maquiagem. Sim, da maquiagem, minha vaidade se detém praticamente a isso. Sou adepta do conforto quando se trata da vestimenta e isso quase sempre se resume à um tênis, calça skinny, t-shirt ou vestido. Isso é facilmente perceptível enquanto me arrumo para ir a um lugar; a maior parte do tempo que eu gasto é na hora da maquiagem – Hoje em dia bem menos.


O ponto aqui não é te convencer a se desapegar absolutamente da prática, até porque quando aplicado o equilíbrio, é saudável cuidar de si, isso também reflete a Cristo. Mas a ênfase deste texto é te levar a refletir sobre a série de malefícios que o excessivo apego a isso - assim como por qualquer coisa relacionada a estética - pode interferir na maneira como você se enxerga e como ela se torna contrária a maneira como de fato você é ou deveria se ver.


Vamos dar um passeio breve pela infância e relembrar dos tipos de bonecas que a maioria de nós costumávamos brincar. De cara vem a imagem da personificação da perfeição, a fútil e utópica figura da Barbie, que com seus 1,75 de altura, 99,06 cm de busto, 45,72 cm de cintura, 83,82 cm de quadril, calçando 33 e atuando em distintas profissões de maneira excelente sem deixar de ser linda, enfia goela abaixo o modelo perfeito a ser copiado pelas meninas, quando na verdade desde que comecei a ter noções de medidas passei a achar dessas um tanto absurdas e até mesmo ridículas! Como assim eu preciso aceitar como regra essa padrão ditador de uma beleza quase inalcançável? Padrão que, se perseguido, exigiria de mim uma série de sacrifícios desnecessários quando ponderados ao que Deus realmente quer de nós ao que realmente Ele deseja que ocupe nosso tempo e nossas mentes.


Chega a ser assombrosa a ênfase pesada da mídia que a décadas tem imprimido em nós mulheres rótulos de beleza e o resultado trágico disso são moças inseguras, neuróticas e insatisfeitas consigo mesmas inclusive dentro das igrejas. Quando vamos ao shopping, além da forte indução ao consumismo, somos empurradas a lidar com as vitrines plotadas com mulheres de pele perfeita, medidas perfeitas, cabelos perfeitos, curvas bem torneadas e com aquele ar conquistador que convence qualquer um que ela é o tipo de mulher que todo homem quer ter. A questão é que se não nos atentarmos toda mulher será desde a infância refém desses padrões que o mundo estabelece dizendo que a beleza externa deve ser uma profunda obsessão, roubando de nós os valores que palavra de Deus ressalta a nosso respeito.


Entenda, Deus a criou para ser mais do que um rostinho bonito, seu valor ultrapassa o reflexo do seu espelho; existem coisas que ele será incapaz de revelar sobre você, mas somente em Deus você verá seu inquestionável valor. Não pergunte ao espelho se existe alguém mais bela que você, pergunte a Deus o que te faz bela. Não somos uma embalagem bonita sem conteúdo, fomos modeladas pelo maior designer que existe, que com sua infinita criatividade nos dotou de personalidades e aptidões distintas, mas que em todas elas podemos expressar nosso toque feminino, a nossa imensa capacidade de percepção. Podemos ser médicas, arquitetas, professoras, publicitárias, engenheiras com 1,50 de altura e ainda assim sermos “grandes” no que fazemos se antes disso tudo formos servas e tementes a Deus e a sua palavra.


Qual o padrão de beleza afinal? Esteticamente falando ele não existe, discutir isso seria o mesmo que querermos limitar a criatividade do Criador no ato da criação. Mas existe um padrão segundo Deus que ocorre em uma ordem contrária à do mundo, ela é de dentro pra fora. Não é à toa que quando envelhecemos e morremos o que é conservado é a nossa essência, o que somos de dentro para fora, esse é o verdadeiro padrão do belo para o Senhor, veja o que diz 1 Tessalonicenses 5:23: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. Essa santificação não pode ser plena e absoluta mesmo que se aplique em nós inteiramente, em todas as categorias da nossa existência. Ainda existem em nós restos da nossa natureza corrompida, por isso a nossa maior obsessão deve ser a busca por uma vida reta que reflita a cristo, pois o propósito do evangelho é em suma a restauração da imagem de Deus em nós. Logo, o padrão da beleza está no reflexo de cristo em nosso proceder. Jesus cristo é a fonte inesgotável de toda a formosura! O padrão do mundo é a estética externa, mas Deus diz que “enganosa é a beleza e vã a formosura”, o verdadeiro padrão de beleza é “a mulher que teme ao Senhor, essa sim será louvada” (Pv 31:30). Portanto, as pessoas mais belas que podem existir neste mundo são aquelas que se assemelham a Ele e se dispõem a ser amoldadas à imagem dele. – “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. Romanos 8:29


Quando absorvi essa verdade pude então experimentar de uma liberdade que me diz que ainda posso sim usar e ter produtos de beleza desde que eles não me tenham. Entendi que não importa o quão caros eles sejam, meu valor diante de Deus é incalculavelmente superior e que o tempo que eu gasto cuidando do meu corpo nunca deve ser superior ao tempo que eu gasto cuidando da minha mente e do meu coração enquanto me relaciono com o Eterno. Nossa beleza não tem valor eterno, a nossa alma sim! O que nos torna belas é a obra regeneradora operada em nós por Cristo, o que nos torna admiráveis é o prazer em poder dizer “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” Gálatas 2-20 . Que a vida de Deus em nós seja nosso maior produto de Beleza!


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